Novo governo de Portugal muda logo do país. Muita gente não gostou

Portugal elegeu um novo governo. A primeira ordem do dia? Mudar a marca do país

Crédito: Gerd Altmann/ Pexels

Hunter Schwarz 1 minutos de leitura

Um novo partido assumiu o poder em Portugal, e a primeira coisa que fizeram foi mudar a marca oficial do governo.

O novo governo do país, sob o comando do primeiro-ministro Luís Montenegro, membro do conservador Partido Social-Democrata, abandonou o moderno emblema do Estado criado no ano passado e o substituiu por um logo antigo, que contém o antigo brasão nacional de Portugal.

Segundo a agência de notícias Reuters, o ministro da Casa Civil, Antonio Leitão Amaro, disse em uma coletiva de imprensa que o brasão – que inclui símbolos alusivos a uma batalha ocorrida em 1.139 entre as forças do primeiro rei de Portugal, Dom Afonso, e os mouros – é "essencial para a nossa identidade, nossa história e cultura". 

Crédito: Governo de Portugal

Ainda no ano passado, o governo anterior tinha elaborado um emblema mais moderno. O designer e educador Eduardo Aires criou uma logomarca geométrica, que usava formas e cores simples, inspiradas na bandeira portuguesa. Um círculo amarelo, representando um brasão de armas, se situava entre um retângulo verde e um quadrado vermelho.

O logo foi "concebido para ser mais dinâmico e funcional em um ambiente digital, integrando todos os elementos gráficos necessários para ser aplicado em qualquer escala e em qualquer mídia", informou o estúdio.

Parece que esta mais recente mudança não foi bem recebida por muitos no país, incluindo milhares de cidadãos que assinaram uma petição online, de acordo com o "Portugal Resident", um veículo de notícias de Portugal em inglês. Mas isso não é nenhuma surpresa.

Em momentos políticos de tensão, o design pode servir como uma extensão concreta de uma ideologia. Uma dinâmica semelhante a essa ocorreu nos EUA, durante as brigas por redesenhos de bandeiras estaduais.

Embora os designers possam enxergar esses redesenhos como uma ferramenta apartidária para uma comunicação melhor e mais clara, não resta dúvidas de que praticamente qualquer coisa pode ser transformada em uma ferramenta política.


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