Startup brasileira vai levar “Pix” para os Estados Unidos
ClouldWalk, dona da InfinitePay, lança aplicativo de pagamentos nos Estados Unidos no Web Summit Rio
A startup brasileira CloudWalk vai levar a tecnologia dos pagamentos instantâneos do Pix para os Estados Unidos. Dona da InfinitePay, a fintech anunciou a chegada no território norte-americano durante apresentação no Web Summit Rio 2024.
Por lá, o aplicativo de pagamentos da CloudWalk vai se chamar jim.com e terá produtos financeiros para empreendedores individuais ou negócios com no máximo três funcionários. O principal deles será o pagamento que cai instantaneamente na conta do vendedor, como o Pix.
“A indústria de fintech no Brasil está alguns anos à frente do mercado norte-americano, principalmente no que diz respeito a pagamentos instantâneos – o Pix é uma prova disso”, afirmou o CEO da companhia, Luís Silva.
O app terá um assistente de ajuda financeira, além de apoiar a tecnologia de pagamento por aproximação. O lançamento inicial será nas regiões de Nova York, Austin e São Francisco, no final do primeiro semestre de 2024.
Este é o primeiro produto internacional da CloudWalk, startup que atua no Brasil desde 2013 (e é unicórnio desde 2021). Por aqui, a companhia tem cerca de um milhão de clientes, principalmente micro e pequenos negócios, como motoristas de aplicativos e vendedores ambulantes – profissionais que se beneficiam do fluxo de caixa diário.
Silva acredita que essa experiência é valiosa para entrar no mercado norte-americano, que ainda não tem tantas opções de pagamentos instantâneos digitais como no Brasil.
No ano passado, o banco central dos EUA, o Fed, lançou o FedNow, infraestrutura de sistemas de pagamento instantâneo para o território norte-americano, que permite transferências diárias entre bancos.
Silva explica que, apesar de já estar em pé, é uma infraestrutura nova para os negócios no país. E que a startup tem a vantagem de já operar em um mercado que entende os formatos de transação imediata de dinheiro.
”Lidar com os desafios de empreender num país da América Latina é a nossa vantagem num mercado competitivo, mas que é 10 vezes maior do que o Brasil em volume de transações”, diz o executivo.