Jogo de perguntas: o que pensa Bernardo Mendes, Chief Gamer Officer da Druid

Crédito: Fast Company Brasil

Ana Beatriz Camargo 3 minutos de leitura

Não é raro ouvir de consultores e especialistas em mercado de games que ações de marketing pontuais dentro do universo gamer – desconectadas de uma construção contínua da marca perante este público – é uma grande cilada. Também não é incomum escutar que as marcas precisam ter contato o quanto antes com este gigantesco mercado em potencial. Mas, se navegar é preciso, anunciar dentro de um game não é preciso – parafraseando um certo escritor português. 

Essa é uma das promessas do projeto de imersão em mercado de games que a Druid, em parceria com a consultoria 16 01, acaba de lançar. Segundo dados do report “2021 Global Games Market” da Newzoo, o mercado de games acumulará uma receita de US$ 200 bilhões em 2024 e todos querem uma fatia desse bolo.

 A Druid é uma agência nova, com apenas um ano de criação, mas já conta com um parceiro poderoso no mercado, a organização de esports Loud.  Como a própria empresa define, sua atuação é especializada no mercado Business to Gamer (B2G).

 Neste Jogo de Perguntas com Fast Company Games, Bernardo Mendes, Chief Games Officer e um dos cofundadores da agência, compartilha um pouco dos seus pensamentos sobre como atuar no mercado de games.

Como inovar no mercado de games?

O próprio mercado está inovando a passos tão largos. Hoje, a maior pergunta é: como navegar na velocidade e na capacidade que o mercado de games se movimenta?  Quando paramos para analisar o quanto os universos do entretenimento foram afetados pelas inovações dos games, não conseguimos nem calcular. É difícil dizer como o universo game vai afetar seu negócio. É mais fácil afirmar que vai impactar enormemente.

 Quais as habilidades mais importantes para alguém se destacar como empreendedor nesse ramo?

Adaptabilidade. O universo de games está pegando tecnologias ainda em fases bem embrionárias e desenvolvendo sua aceitação, penetração e usabilidade. Isso permite que novos modelos de negócio sejam criados em questão de dias. Até pouco tempo atrás, NFT era uma palavra desconhecida. Em questão de semanas o que chamou nossa atenção em relação à arte já tinha um novo uso e um mercado muito mais sólido em cryptogames.

 Qual seu conselho para uma marca que ainda não teve nenhum contato com este mercado, há espaço para todos?

Você está muito atrasada. Se neste momento você ainda não teve contato com o mercado de games, corra. Há espaço para todos, mas a janela de oportunidade para muitos segmentos está se fechando.

 Como combater a desigualdade no mundo gamer?

O próprio mercado tem combatido em duas vertentes: a primeira é a questão do novo modelo de negócio mais popular, o Game as a Service, que propõe um jogo gratuito, diminuindo a barreira de entrada no software; e a segunda é a evolução cada vez mais rápida do hardware, que fica mais potente e barato a cada ano, permitindo que mais pessoas tenham acesso ao meio.

 O que está por vir no horizonte de negócios gamer?

Se metaverso é a palavra do momento no mundo corporativo, no universo gamer a gente já discute isso há, no mínimo, dois anos. Atualmente, o horizonte do nosso universo é a web 3.0, novos formatos de negócio baseados em gestão de gaming guilds e modelos de monetização de games com economia descentralizada, que é a grande proposta dos cryptogames e uma possível evolução para o modelo de GaaS já bem consolidado no mercado.

 

(Leia também, o que pensa Eduardo Paraske, consultor de inovação da 16 01, parceiro de Bernardo neste projeto) https://fastcompanybrasil.com/games/o-que-pensa-eduardo-paraske-consultor-de-inovacao-sobre-o-mercado-gamer/

 


SOBRE A AUTORA

Ana Beatriz Camargo é jornalista, heavy user de redes sociais e escreve sobre o mundo dos games. saiba mais