Princesas da Disney não são tão ruins para a autoimagem das meninas

Novo estudo mostra que brincar de Moana ou Merida pode até ajudar a reforçar a autoconfiança das crianças

Créditos: Monstera Production/ Pexels

Brittany Loggins 2 minutos de leitura

As representações de padrões estéticos impossíveis de alcançar têm sido um problema constante em filmes, programas de TV e na indústria de brinquedos. Assim, é compreensível que os pais se preocupem com a possibilidade de que essas imagens possam afetar a saúde mental de seus filhos. Mas, quando se trata das princesas da Disney, parece que eles podem respirar aliviados.

De acordo com um novo estudo da Universidade da Califórnia, as princesas da Disney podem fazer bem para a autoimagem das crianças. Como os pais observaram que sua maior preocupação em relação às personagens é o impacto na autoestima corporal dos filhos, os pesquisadores se propuseram a encontrar respostas.

as crianças que preferiam princesas classificadas como tamanho médio tinham maior autoestima corporal.

Eles estudaram 340 crianças e seus cuidadores de 2020 até 2021, fazendo a primeira etapa da pesquisa quando elas tinham três anos e a segunda um ano depois, para ver se demonstravam alguma mudança significativa na área que gera mais preocupação entre os adultos.

A autoestima em relação ao corpo foi medida por meio de perguntas aos pais ou cuidadores, questionando o quanto as crianças gostavam ou se sentiam bem com seus corpos. As princesas foram divididas em três tipos de corpo: magro, médio e acima da média/pesado. Jasmine (de “Aladdin”) foi o exemplo de um tamanho magro e Moana, de médio.

Entre os participantes do estudo, as princesas mais populares eram Elsa e Anna, de “Frozen” e Moana. Os pesquisadores descobriram que o tamanho de cada personagem teve impacto sobre como as crianças que amavam essas figuras se sentiam em relação aos seus próprios corpos.

Também descobriram que as crianças que preferiam princesas classificadas como tendo tamanho corporal médio, como Moana, tinham maior autoestima corporal.

Crédito: Disney

Os pesquisadores afirmam que esses efeitos são impulsionados pela frequência com que as crianças fingem ser princesas quando estão brincando. Vale destacar que as crianças que adoravam princesas de tamanho médio eram mais fisicamente ativas.

Um pesquisador observou que isso poderia ser porque as princesas de tamanho médio tendem a ter enredos mais fisicamente ativos em seus filmes. Já as que tinham princesas favoritas classificadas como magras não experimentaram mudanças positivas nem negativas na imagem corporal.

Porque as princesas de tamanho médio tiveram efeito positivo sobre as que as preferiam, o impacto das personagens resultou em um benefício real: brincar com as princesas de tamanho médio, na verdade, fortaleceu a confiança das crianças em seus próprios corpos.


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