Trabalho remoto pode transformar sua estratégia de diversidade e inclusão

As novas circunstâncias permitem que você ajuste a abordagem de diversidade e equidade da sua empresa

Crédito: Rawpixel

Sarah Hawley 4 minutos de leitura

Do início da pandemia para cá, não há dúvida de que houve uma grande mudança de perspectiva sobre diversidade, equidade e inclusão nos locais de trabalho.  A circunstância de termos que trabalhar remotamente quebrou muitas barreiras, especialmente aquelas que separavam o “eu” pessoal do “eu” profissional.

O trabalho remoto também abriu as portas para que preferências individuais e mais inclusivas fossem aceitas no mundo todo, incluindo diferentes estilos de trabalho e horários flexíveis. Todos esses fatores levaram a um entendimento mais amplo dos trabalhadores como indivíduos inteiros e ampliaram os tipos de candidatos levados em consideração para ocupar as vagas disponíveis.

O princípio mais básico é que quanto mais diversa for uma empresa, mais completas e envolventes serão suas ideias. Embora equipes nas quais todos têm opiniões parecidas possam ser uma receita pronta para uma comunicação amigável, isso pode impedir o progresso e a inovação. Também pode alienar a base de clientes, que talvez não consiga se enxergar na sua missão ou nos seus produtos.

Construir uma equipe diversificada e global traz uma riqueza à cultura da empresa que, de outra forma, seria inatingível. A diversidade passa a permear tudo o que a organização empresa faz e, por fim, cria uma marca e uma experiência mais pessoais para os clientes.

A seguir, destacamos três formas de promover mais diversidade e inclusão na companhia, alterando a forma como o trabalho é feito.

MUDE O FOCO PARA RESULTADOS

A ideia de horários fixos em escritórios tradicionais é limitante. Ela nos faz perder o sucesso que viria com colegas de equipe confiáveis ​​e diversificados, com habilidades e origens variadas.

O princípio mais básico é que quanto mais diversa for uma empresa, mais completas e envolventes serão suas ideias.

Mudar o foco para resultados, em vez de horas, não será fácil e exigirá (re)condicionamento do jeito de pensar, para desfazer a mentalidade convencional.

O foco em resultados tira as expectativas de um determinado modelo pré-estabelecido de “quando” e “como” o trabalho deve ser feito. Em vez disso, define-se “o quê” precisa ser feito e, em seguida, confia-se que a equipe vai entregar. Isso é liderança empoderada. Ela libera as pessoas para encontrarem o caminho, deixando espaço para buscarem suporte caso fiquem empacadas.

A transição para um ambiente assíncrono, no qual os membros da equipe são confiáveis ​​a ponto de poder escolher os horários mais adequados para trabalhar, sem dúvida terá tropeços. Mas abraçar esses erros como oportunidades de aprendizado levará a uma força de trabalho capacitada e que, em última análise, contribui mais.

ADOTE CALENDÁRIOS MENOS RÍGIDOS

Do ponto de vista da diversidade e da inclusão, vários fatores podem tornar um escritório inacessível. Ter que se deslocar para um local físico, ficar oito horas e compartilhar espaços ineficazes com outras pessoas que têm estilos de trabalho diferentes é estressante (e impossível para alguns).

Gerenciar a carga para a saúde mental e para o sistema nervoso que acompanha esse tipo de rotina profissional é exaustivo, especialmente quando não há necessidade real de trabalhar em um local fixo.

Ser mais flexível permite um banco de talentos mais amplo, como pais que poderiam trabalhar em período horário integral desde que os horários do pai e da mãe fossem diferentes, ou gente que mora em locais distantes, com outro fuso horário.

O foco em resultados muda a expectativa de “quando” e “como” o trabalho deve ser feito para “o quê” precisa ser feito.

Construir um ambiente seguro para as pessoas testarem as horas que funcionam melhor para seu fluxo criativo pessoal pode ser divertido para a equipe. Todos podem fazer um combinado: trabalhar quando quiserem durante uma semana. No final da semana, podem compartilhar o que funcionou e o que não funcionou, ajustando a partir daí.

Um passo fundamental é desativar qualquer tecnologia que permita ver quando as pessoas estão online. Muitas ferramentas mostram quando alguém está trabalhando e quando está ausente, mas isso apenas perpetua a cultura ineficaz e de microgerenciamento.

GLOBALIZE AS CONTRATAÇÕES

Trabalho remoto e horários flexíveis abrem espaço para que refugiados e pessoas com deficiência, por exemplo, se tornem membros da equipe. Assim, são reduzidas drasticamente as barreiras para indivíduos que, de outra forma, teriam que se esforçar consideravelmente apenas para garantir uma entrevista.

Desde que as pessoas que você contrata se mostrem apaixonadas e engajadas e tenham as habilidades e a experiência para desempenhar a função, nada impede que até mesmo a menor das empresas tenha uma equipe global. Portanto, anuncie as vagas em quadros de empregos internacionais e veja quem se candidata. Seu par perfeito pode estar localizado em um lugar distante!

O caminho para a verdadeira diversidade é ver a humanidade através de uma lente global. Não custa nada reconhecer, acomodar e exaltar as diferenças, incluindo, mas não se limitando, a neurodiversidade, religião e cultura.

Empresas que impedem as mudanças em curso de chegarem ao local de trabalho terão dificuldades para atrair funcionários felizes, apaixonados e de alto desempenho. Nesse despertar coletivo, as pessoas não trabalham mais apenas para serem remuneradas, mas também por uma experiência transformadora e expansiva.

Elas querem trabalhar com gente interessante e fazer algo que importe não apenas para si mesmas, mas também para o mundo.


SOBRE A AUTORA

Sarah Hawley é a CEO e fundadora da Growmotely, plataforma que facilita a contratação de profissionais para trabalhos remotos de longo... saiba mais