Por que a OpenAI desistiu de pedir para usuários do ChatGPT fazerem login

Ao eliminar a necessidade de inscrição, a empresa remove uma barreira para coletar dados para treinamento de sua IA

Crédito: Cody Fitzgerald/ Unsplash

Mark Sullivan 1 minutos de leitura

A OpenAI não está mais exigindo que as pessoas criem uma conta antes de usar o ChatGPT. Os usuários podem simplesmente clicar no aplicativo ou site e começar a interagir. A empresa diz que está lançando gradualmente o ChatGPT sem necessidade de inscrição, com o objetivo de "tornar a IA acessível a qualquer pessoa curiosa sobre suas capacidades".

A mudança faz sentido se você pensar por que a empresa abriu seu chatbot para o público em primeiro lugar. Muitos de seus pesquisadores se juntaram a ela porque queriam expor a IA a usuários reais em vez de apenas escrever artigos acadêmicos sobre isso.

A ideia é que eles possam aprender mais sobre como o chatbot pode ser usado e abusado, a partir das interações das pessoas em situações cotidianas. A empresa também quer usar os diálogos em que os usuários se envolvem com o ChatGPT para treinar seus modelos de IA.

O conteúdo gerado pelo usuário pode ser tão valioso para empresas de IA quanto é para redes sociais. Ao eliminar a necessidade de inscrição, remove-se uma barreira para coletar dados. A empresa destaca, no entanto, que os usuários podem optar por não ter suas conversas usadas para treinamento.

Crédito: OpenAI

Agora que qualquer pessoa pode usar o ChatGPT, o risco de alguém usar a ferramenta para propósitos prejudiciais pode aumentar. A OpenAI diz que está implementando salvaguardas adicionais de conteúdo para usuários sem contas e bloqueará uma variedade mais ampla de prompts.

A decisão da OpenAI também pode ser uma tentativa de atrair novos usuários para experimentar o ChatGPT em lugar de qualquer um dos cada vez mais performáticos concorrentes, como o Gemini. do Google.

Dados do SimilarWeb mostram que as visitas ao serviço ChatGPT em dispositivos móveis e desktop em fevereiro caíram 2,7% em relação a janeiro e 11% em relação ao pico de popularidade em maio de 2023.


SOBRE O AUTOR

Mark Sullivan é redator sênior da Fast Company e escreve sobre tecnologia emergente, política, inteligência artificial, grandes empres... saiba mais