5 perguntas que você deveria fazer a si mesmo para ser mais feliz no trabalho

Para sentir mais satisfação na vida profissional, você precisa descobrir se quer algo mais de sua carreira e, em seguida, definir critérios e propósitos claros

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Joseph Liu 4 minutos de leitura

Você tem se sentido preso a um emprego que não te traz mais alegria? Talvez você saiba, lá no fundo, que já deveria ter feito uma mudança há muito tempo, mas não sabe por onde começar. 

Fazer uma pausa e refletir sobre o que realmente importa para você é de vital importância para dar uma guinada significativa na carreira. Estabelecer suas aspirações pessoais é fundamental para definir um rumo para sua carreira que lhe permita realizar um trabalho gratificante.

Mas isso não vai acontecer automaticamente, nem de forma natural – é preciso definir suas próprias motivações e critérios. Confira a seguir cinco perguntas que você pode fazer a si mesmo para ajudar a construir uma carreira que proporcione mais felicidade.

1. Você está avançando ou só aguentando a pressão?

Uma pergunta que deve ser feita a si mesmo é se você está tolerando seu trabalho ou se está realmente prosperando nele. Seu piloto automático pode ser simplesmente continuar com o que já está acostumado porque você não tem cabeça nem motivação para mudar as coisas. Na maioria das vezes, nem chegamos a avaliar o que nos faz felizes até que as coisas cheguem a um ponto em que se tornam insuportáveis. 

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Uma vez fui promovido para uma função de marketing global que eu achava que me traria a chance de trabalhar em iniciativas de grande escala, algo que eu achava que desejava muito em minha carreira. Mas logo percebi que a função era muito mais voltada para lidar com a política organizacional e o gerenciamento interno, o que era frustrante para mim. 

Minha função não era mais o marketing em si. E minha satisfação no trabalho foi muito prejudicada. Eu compreendia que o gerenciamento interno era uma parte importante de qualquer trabalho corporativo. Mesmo assim, também sentia que meu equilíbrio entre gerenciar a política e trabalhar com o marketing propriamente dito estava completamente desequilibrado.

2. Qual é o seu ponto de virada?

Por esse motivo, você também deve se perguntar qual é o seu limite até precisar abraçar uma mudança. Lembro-me de ter chegado a um ponto de virada quando as escolhas da nossa equipe relacionadas a uma campanha publicitária global toda vez eram ofuscadas pelas opiniões de um líder sênior. Achei essa dinâmica frustrante porque sou uma pessoa que valoriza a igualdade, a diversidade de pensamento e a abertura para novas ideias.

Um ponto de virada na carreira muitas vezes pode desencadear ações positivas. Se você não chegar a um ponto em que sua carreira fique desalinhada com suas paixões ou valores, dificilmente vai tomar uma atitude. Os pontos de virada podem forçá-lo a reavaliar o que você quer e colocar a roda em movimento para criar um novo caminho para si mesmo.

3. De quem são os critérios que norteiam sua carreira?

Depois de atingir esse ponto de virada, é hora de perguntar a si mesmo quais critérios você deve priorizar em sua carreira.

Eu acreditava que, ao subir de cargo em qualquer organização, seria necessário lidar com mais política. Acreditava que havia me comprometido com isso ao aceitar a promoção. Acreditava que precisava encontrar uma maneira de me adaptar se quisesse continuar subindo na pirâmide corporativa. Por ter essas convicções, simplesmente aceitei essa dinâmica como parte do pacote. 

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Mas acabei percebendo que gastar todo o meu tempo tentando atender aos padrões dessas pessoas significava ter que comprometer meus próprios parâmetros de carreira. Eu queria ter autonomia e liberdade não apenas para fazer um trabalho que considerasse mais significativo, mas também para trabalhar de uma forma que eu pudesse aproveitar mais plenamente.

Depois de chegar a um ponto de virada e reconhecer que algo precisa mudar, a próxima etapa é decidir quais são os critérios segundo os quais você vai viver e adotar em sua carreira. Por exemplo, terá que decidir exatamente o que quer do seu trabalho, como quer se sentir ao executá-lo e onde quer estar trabalhando. Esses são seus padrões de carreira. 

4. Quais são suas metas profissionais?

Depois de definir seus padrões, você deve se perguntar o que acha que eles o ajudarão a realizar – essas são suas metas pessoais. Há duas etapas para criar uma meta clara em sua carreira. Primeiro, você precisa chegar a algum tipo de ponto de virada que o force a reavaliar aquilo que deseja. Em segundo lugar, é preciso definir os critérios que serão seguidos em sua carreira.

5. Como você vai honrar seus critérios?

E, por fim, você precisa se perguntar quais passos pretende dar para honrar os valores que deseja estabelecer para si mesmo. Quando descobri quais eram meus critérios e minhas metas, busquei uma alternativa à minha carreira tradicional em marketing.

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Isso acionou as engrenagens para que eu deixasse meu emprego de marketing corporativo para trás e, por fim, iniciasse minha carreira de consultor, na qual eu poderia ter a autonomia, a flexibilidade e a experiência profissional mais equilibrada que eu desejava para minha carreira e vida pessoal.

Ser feliz no trabalho começa com a afirmação de que você quer algo mais para si mesmo – ter seus padrões atendidos, sentir-se bem com o que faz e, mais importante, respeitar-se o suficiente para insistir nesses padrões, para que você possa fazer escolhas claras que o levem a uma jornada profissional da qual você tenha orgulho.


SOBRE O AUTOR

Joseph Liu é palestrante, dá consultoria sobre mudança de carreira e apresenta o podcast "The Career Relaunch", que traz histórias de... saiba mais