Martech e o bom uso da inteligência artificial

Crédito: Fast Company Brasil

Aga Porada 2 minutos de leitura

O avanço da inteligência artificial generativa já impacta a maioria das indústrias e certamente observaremos novos casos de uso nos próximos meses. No festival South by Southwest 2023 praticamente todas as palestras falaram sobre uso de ChatGPT, MidJourney ou outros aplicativos de IA e seu impacto nas tarefas e processos do mercado. Os usos da IA variam de geração de texto até geração de imagens ou áudios. Mas todos dependem da inteligência humana para guiar a máquina, ao fazer as perguntas certas e direcionar a inteligência artificial.

Segundo Sandy Carter, vice-presidente de Unstoppable Domains, as indústrias que lideram adoção da IA são a de moda e entretenimento, seguida pela de alimentação e autos. Para mim, isso mostra que não é sobre a tecnologia em sim, mas como ela pode ajudar a nossa produtividade profissional.

Na indústria publicitária, o ChatGPT, lançado há somente 4 meses, já está incorporado em múltiplas ferramentas que usamos no dia a dia, desde modelos de briefing ou criação de clusters de audiências até automação de processos financeiros. Vale lembrar que o ChatGPT foi o aplicativo que cresceu mais rápido de todos já lançados. Em um mês, chegou a 100 milhões de usuários. Como referência, Facebook levou 5 anos para atingir a marca e o Tik Tok, 9 meses.

Além do ChatGPT, existem inúmeros outros aplicativos que usam inteligência artificial para nos ajudar em tarefas variadas. Um deles, o MidJourney, ajuda na criação de recursos visuais. Já Synthesia gera vídeos a partir de nosso briefing, enquanto CoPilot escreve código em todas as línguas de programação já criadas. Outro aplicativo, o Poised pode treinar nossas habilidades de comunicação.

A mensagem que tirei da edição 2023 do festival SXSW é que o mais importante é a curiosidade que leva a experimentação. Só brincando que conseguimos entender o potencial para o nosso dia a dia, quais funções manuais e repetitivas a IA pode automatizar, deixando para os humanos mais tempo livre para sermos estratégicos e gerarmos verdadeiro valor para os nossos clientes, nossas carreiras e nossas vidas.

É nessa junção de inteligência humana com artificial que vejo o maior potencial da tecnologia. Precisamos permanecer curiosos para experimentar, fazer as melhores perguntas para chegar a respostas que de fato nos ajudarão a otimizar execução de tarefas repetitivas e demoradas, nos deixando com mais tempo para o que de fato importa e o que as máquinas não farão sem inteligência humana.


SOBRE A AUTORA

Aga Porada é Vice Presidente de Mídia, BI e Performance da Agência Africa. saiba mais