Trabalho não é vida, empresa não é família. Os mais jovens já aprenderam
Cada vez mais funcionários estão priorizando o equilíbrio saudável entre o lado profissional e o pessoal e uma vida fora do escritório
Muitas coisas que considerávamos óbvias sobre o trabalho mudaram para sempre, conforme vamos nos adaptando à nossa realidade remota e híbrida.
Embora a maioria esteja contente com a redução dos longos deslocamentos, dos almoços fora de casa e das roupas desconfortáveis do tipo "profissional", há algumas coisas das quais sentiremos falta.
Durante anos, falamos sobre a importância das amizades no trabalho. Ter um relacionamento próximo com as pessoas com quem você passa a maior parte do dia não só aumenta sua satisfação e lealdade, mas também a produtividade.
Criar e manter esses relacionamentos é um dos principais motivos pelos quais muitos chefes afirmam querer que os funcionários voltem ao escritório.
Mas depois de anos longe do escritório, esses relacionamentos se desgastam ou desaparecem. O "The Wall Street Journal" informou que a porcentagem de trabalhadores híbridos que afirmaram ter um melhor amigo no trabalho caiu de 22% para 17% entre 2019 e 2022, talvez finalmente sinalizando o fim da era do “parceiro de trabalho”.
Podemos estar perdendo a oportunidade de ter alguém para fazer confidências ou se solidarizar, mas cada vez mais pessoas estão percebendo uma verdade difícil: o trabalho nunca foi sua casa ou família. A geração Z já percebeu isso e leva em conta a qualidade de vida na hora de aceitar ou trocar de emprego.
As empresas, ao tentarem forçar atividades “divertidas” para os funcionários como forma de atraí-los de volta ao trabalho, estão percebendo que muitos preferem passar tempo com seus amigos e familiares de verdade.
Se o objetivo final, tanto para chefes quanto para funcionários, sempre foi uma força de trabalho mais feliz, mais produtiva e mais engajada, então talvez seja hora de permitir que as pessoas priorizem uma desconexão saudável do ambiente profissional.