4 passos para lidar com pessoas cínicas, apáticas ou pessimistas
Lideranças devem ajudar esse tipo de funcionário a mudar sua mentalidade ou, se não for possível, retirá-los da equipe
Nem todo mundo que ocupa um cargo vistoso (ou não) corresponde às características do “profissional ideal”. Podemos convidar as pessoas a se envolverem com o trabalho, incentivá-las a se alinhar com as prioridades da empresa e apoiá-las, como colegas, ao longo do caminho.
Cada profissional deve fazer essa escolha por conta própria. Em todas as organizações, com o tempo, você encontrará pessoas que chamo de cínicos, apáticos e pessimistas. Mas quem são essas pessoas?
CÍNICOS
Os cínicos são aqueles que desconfiam dos que estão ao seu redor, especialmente os chefes. São críticos a qualquer mudança e focam sua atenção no que pode dar errado, em especulações e em críticas aos que estão na liderança.
Provavelmente tiveram experiências ruins no passado e usam essas experiências para justificar sua falta de confiança e envolvimento, além de não aceitarem a responsabilidade por seu comportamento. O cinismo é contagioso. O lema do cínico pode ser: "á vão eles de novo – mais uma iniciativa idiota com a qual ninguém se importa!".
APÁTICOS
Os apáticos são aqueles que decidem que sobreviver significa apenas conseguir chegar ao ginal de cada dia. Eles têm uma atitude de “para quê tentar?” e fazem o mínimo necessário para receber seu salário.
Assim como os cínicos, algo deve ter acontecido que os convenceu de que se esforçar mais é perda de tempo e energia. Seu poder está em desafiar qualquer iniciativa que possa exigir rapidez e prazos apertados. Não são confiáveis para assumir mais responsabilidades.
PESSIMISTAS
Os pessimistas são aqueles que descartam qualquer oportunidade como irrealista ou até impossível. Seu poder está em fazer muitas perguntas e exigir provas e justificativas para qualquer iniciativa, atrapalhado mudanças importantes.
Os pessimistas dizem coisas como "já tentamos isso antes", "não pode ser feito" ou "não temos recursos para fazer isso". Essas pessoas provavelmente não miram em nada e atingem isso com incrível precisão.
Ajudar alguém a mudar de comportamento é desafiador e nem sempre uma tarefa bem-sucedida.
Obviamente, os cínicos, apáticos e pessimistas não estão ajudando a performance da empresa. Sua presença é desanimadora, até tóxica. Quando você se cerca de pessoas tóxicas, é como se suas capacidades fossem “envenenadas”.
Pior: esse tipo de comportamento é contagioso, disruptivo para aqueles que operam em um nível muito mais alto e não nos leva a lugar nenhum.
Como líderes, devemos ajudar os cínicos, apáticos e pessimistas a mudar o que estão fazendo ou excluí-los. Para lidar com essas pessoas, é preciso adotar um novo mantra: "sem desculpas e sem culpabilização" e esperar que as pessoas assumam a responsabilidade por seus resultados.
COMO LIDAR COM CÍNICOS, APÁTICOS E PESSIMISTAS
Existem passos que os líderes podem tomar para promover mudanças na vida e no trabalho de profissionais que estão demonstrando esses tipos de comportamentos.
1. Reconheça que a mudança é necessária
Se alguém parece insatisfeito com algo na sua vida ou trabalho, dê nome aos bois. Uma vez feito isso, você pode começar a ajudar a pessoa a resolver essa questão. Seja específico sobre quais comportamentos não estão funcionando e o que pode ser feito. Quanto mais específico você for, mais poderá identificar possíveis soluções.
2. Mostre a importância do papel deles na empresa
As pessoas precisam saber onde se encaixam e como seu comportamento afeta os outros, bem como o próprio trabalho.
3. Incentive a mudança de comportamento agora
Nada acontece até que alguém tome a iniciativa. É importante que, com sua ajuda, o profissional identifique um ou dois pequenos passos para avançar de forma mais produtiva. Não precisam ser grandes passos. O que você está fazendo aqui é dar um incentivo visando o sucesso, criando uma oportunidade para o profissional provar sua capacidade de realizá-lo.
4. Apoie aqueles que estiverem dispostos a mudar
Eles estão criando um novo eu quando agem para mudar a si mesmos, e muita gente vai dizer que eles deveriam permanecer como estão. O status quo é o que as pessoas conhecem, e qualquer mudança nele parecerá desconfortável. Isso é normal.
Se esses passos forem seguidos, a probabilidade de uma mudança positiva aumenta bastante. Mas vai ser preciso ter resiliência e determinação, pois haverá desafios e barreiras em cada etapa – eu disse que os passos são simples, não que são fáceis.
Ajudar alguém a mudar de comportamento é desafiador e nem sempre uma tarefa bem-sucedida. Quando a tentativa de ajudar é rejeitada, evitada ou ignorada, pode ser hora de convidar o profissional a ter sucesso em outro lugar.
Este artigo é uma seção condensada do livro “Lead with Purpose: Reignite Passion and Engagement for Professionals in Crisis” (Lidere com propósito: reacenda a paixão e o engajamento de profissionais em crise), de Roger A. Gerard, e reproduzido com permissão.