A vez da geração Z: é hora de as empresas se adaptarem aos nativos digitais
Esta geração tem expectativas diferentes. É importante ouvi-la – para o bem de todos os funcionários
Guiada por valores, destemida e com consciência social, a geração Z está desafiando líderes de novas formas e incentivando as empresas a valorizarem a transparência, a flexibilidade e a autenticidade. Esses jovens motivados, que eram calouros universitários durante o lockdown da pandemia, estão exigindo uma experiência de trabalho diferente – com a tecnologia no centro dela.
Embora possam não estar cientes disso, eles estão causando um impacto positivo nos negócios. Esta geração foi muito influenciada por tudo o que aconteceu nos últimos quatro anos.
E agora é a vez de trazerem um novo olhar para o mundo corporativo, fazendo perguntas como “por que fazemos as coisas desse jeito?” e “por que não questionamos o status quo?”. Cabe aos líderes escutá-los e dar a eles a oportunidade de mostrar todo o seu potencial.
NATIVOS DIGITAIS
A geração Z passou toda a sua vida em um mundo digital. A tecnologia é algo natural e essencial para sua existência. A maioria nunca experimentou o ambiente de trabalho pré-Covid-19 que muitos de nós consideramos “normal”. Isso tem implicações significativas para as empresas, à medida que essa geração passa a fazer parte da força de trabalho.
Enquanto as organizações buscam atrair, contratar, desenvolver e apoiar esses jovens talentos, também precisam se esforçar para melhorar a experiência tecnológica dos funcionários, assim como fizeram para os clientes há duas décadas.
De acordo com um estudo realizado pela Alight em 2023, apenas metade da geração Z afirma que o aplicativo de benefícios que seus empregadores oferecem tem a mesma qualidade e experiência de usuário dos apps que eles usam fora do trabalho.
Apesar de estarmos falando dessa geração específica, é importante lembrar que uma melhor experiência digital beneficia a todos – desde os baby boomers até os millennials.
Ao ingressar no mercado de trabalho, a geração Z busca empresas que estejam na vanguarda. A expectativa é que até mesmo organizações não relacionadas à tecnologia utilizem ferramentas tecnológicas em seus processos cotidianos, seja um sistema de mensagens ou um aplicativo de benefícios patrocinado pelo empregador. Para atrair e reter esses jovens talentos, é preciso fornecer acesso à informação onde, quando e como eles desejarem.
SAÚDE MENTAL
Esses jovens trabalhadores também valorizam o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal – 45% deles afirmam que isso contribui para uma boa saúde mental.
Mas não é apenas a geração Z que pensa assim. De acordo com o estudo da Alight, nos EUA, 44% dos millennials, 52% da geração X e 61% dos baby boomers concordam.
O estudo também indicou que 15% dos funcionários atualmente sofrem de burnout, um aumento de 50% desde 2020. Para os funcionários dos EUA, um melhor equilíbrio trabalho e vida pessoal, horas suficientes de sono e tempo livre estão entre os aspectos mais importantes para manter a saúde mental.
Ao ingressar no mercado de trabalho, a geração Z busca empresas que estejam na vanguarda.
Cada vez mais, a geração Z espera que os empregadores estejam atentos ao seu bem-estar emocional e ofereçam benefícios, como folgas e acesso a programas de apoio.
A tecnologia e a inteligência artificial ajudam os empregadores a enfrentar a crise de saúde mental automatizando tarefas rotineiras. Ao liberar tempo para o trabalho colaborativo e estratégico, a automação pode ajudar esses jovens a se tornarem membros mais engajados da força de trabalho, construindo relações, liderando equipes e se comunicando de forma eficaz.
Como nativos digitais, eles são mais propensos do que outras gerações a usar aplicativos de bem-estar e programas de saúde mental. A tecnologia permite que busquem ajuda profissional com mais facilidade.
A entrada da geração Z no mercado de trabalho traz consigo uma tremenda oportunidade para as empresas criarem uma experiência do funcionário que incorpore tecnologia e inovação em todos os aspectos do negócio.
Até 2030, espera-se uma escassez global de talentos de mais de 85 milhões de pessoas. Buscar inspiração nessa nova geração – e implementar estruturas que atendam às suas perspectivas e preferências – levará a uma maior retenção e agregará valor ao resultado final.