4 tendências de liderança que fariam muito bem se colocadas em prática
Com tantas mudanças (e tão rápidas) no mundo dos negócios, quais questões serão mais importantes para os líderes?
Se você está sentindo que o mundo tem mudado mais rápido do que nunca, provavelmente está certo. De acordo com a empresa de consultoria Accenture, a taxa de mudança nas empresas acelerou 183% desde 2019 e 33% apenas no último ano. A mudança nunca foi tão rápida – e nunca mais voltará a ser lenta.
Esquemas de trabalho híbrido, transformações decorrentes da inteligência artificial, conflitos globais e polarização contribuíram para o ritmo alucinante dessas mudanças. Não é de se surpreender que muitos líderes estejam sofrendo efeitos colaterais.
Com tantas mudanças no mundo dos negócios, quais questões estarão em primeiro plano para os líderes em 2025? Veja a seguir quatro tendências de liderança que merecem a nossa atenção.
1. Continuar investindo em DEI, mas chamar de outra coisa
Devido às preocupações legais e à reação política, muitas empresas que mantêm ou expandem seus compromissos de diversidade, equidade e inclusão (DEI) começaram a chamá-la de outra forma.
Um exemplo é “liderança inclusiva”, ou apenas boa liderança. Prevemos que essa tendência continuará crescendo em 2025, com a DEI incorporada à estrutura da liderança, em vez de ser considerada um conceito separado.
De acordo com o Relatório de impacto da DEI do NeuroLeadership Institute, há três ações que as empresas podem adotar para manter seus investimentos nessa área, independentemente de como resolvam chamá-la:
- Priorizar a diversidade, alinhando-a com metas comerciais específicas;
- Usar ferramentas de aprendizado e desempenho que integrem a inclusão às práticas diárias;
- Sistematizar a equidade, examinando as políticas e os procedimentos para manter a justiça em todas as áreas.
Com uma metodologia baseada na ciência, os líderes podem criar programas de DEI que estejam em conformidade com a legislação e sejam estrategicamente benéficos – além de serem a coisa certa a fazer.
2. Decidir sobre o trabalho híbrido
Acreditamos que 2025 será um ano de ajuste de contas para que as empresas tomem uma decisão de longo prazo sobre o trabalho híbrido. Depois de experimentar esquemas flexíveis nos últimos cinco anos, muitas organizações vão se concentrar em onde e como querem que seus funcionários trabalhem – e enfrentar as consequências, de uma forma ou de outra.
Pode parecer lógico voltar ao trabalho presencial em tempo integral, mas as pesquisas sugerem vantagens claras do trabalho híbrido. Nossa pesquisa indica que, embora as conexões entre os colegas geralmente aumentem quando todos estão no mesmo local, outras conexões podem ser prejudicadas, fazendo com que as políticas de retorno ao escritório sejam um tiro pela culatra.
3. Ter mais cautela com a IA
Estamos descobrindo que a IA generativa pode tornar as pessoas mais ou menos criativas, dependendo de como elas a utilizam, o que tem grandes implicações para a inovação. Além disso, o excesso de confiança na IA pode impedir que as pessoas tenham seus próprios insights.
Estudamos o processo de geração de insights no cérebro e descobrimos que a força deles está correlacionada com o impulso motivacional para agir de acordo com essa percepção. Portanto, se a IA apresenta insights para nós, ela está nos privando de uma das nossas maiores fontes de motivação.
Em 2025, os líderes farão uma pausa e terão mais cautela no uso da IA, descobrindo modos de usar a tecnologia como uma ferramenta para tornar o local de trabalho mais humano e criativo, e não menos.
4. Levar a civilidade a sério
Definimos a civilidade no ambiente de trabalho como um conjunto de comportamentos cotidianos compartilhados que envolvem educação e consideração pelos outros. A civilidade é demonstrada por meio de boas maneiras, cortesia e consciência geral dos direitos, preocupações e sentimentos dos outros.
Não precisamos concordar com nossos colegas em todas as questões, mas precisamos expressar nossas próprias opiniões e reconhecer respeitosamente as dos outros.
De acordo com a Accenture, a taxa de mudança nas empresas acelerou 183% desde 2019.
Os atos de incivilidade podem variar de infrações menores, como interromper, não dividir o mérito ou falar com condescendência, a atos mais maliciosos, como ignorar o outro, envergonhar pessoas em público e minimizar emoções. Independentemente da gravidade, a falta de consideração prejudica os outros e não permite que eles façam seu melhor trabalho.
Nossa pesquisa recomenda incutir três hábitos de civilidade: observar suas próprias reações, inibir respostas automáticas e comunicar-se de forma clara. Eles ajudam as pessoas a reativar a parte pensante do cérebro e a se comunicar de forma mais construtiva.
Em uma época de mudanças rápidas em todos os aspectos da vida, os líderes precisam encontrar maneiras de se concentrar nas questões mais importantes para suas empresas. Priorizando e pensando profundamente sobre essas questões, eles terão condições de enfrentar os desafios de cabeça erguida e transformá-los em oportunidades.